Dúvidas

Na maioria dos casos, o tempo de afastamento é de 3 a 7 dias. Para a cirurgia convencional, este período pode chegar até três ou quatro semanas.

O método a laser já vem sendo aplicado desde o final da década de 90 e, com a evolução tecnológica desde então e o surgimento de novos tipos de laser, sua eficácia e segurança foram cada vez mais aprimoradas. Hoje em dia, somente em pouquíssimos casos não é possível a utilização desta técnica, como em safenas extremamente dilatadas ou obstruídas por coágulos resultantes de tromboflebites pregressas, que não permitem o cateterismo da veia com a fibra óptica.

O que ocorreu é que, em muitos casos em que a cirurgia convencional era impossível, agora passaram a ser tratados graças ao laser. Por exemplo, em pacientes muito idosos, com úlcera varicosa aberta e em situações de malformações vasculares.

Apesar de ser minimamente agressivo, como todo procedimento médico, o laser não é isento de efeitos adversos. Mesmo assim, o índice desses efeitos é acentuadamente menor quando comparado à cirurgia convencional. Reações como parestesias (alteração de sensibilidade na pele da região), manchas hipercrômicas (escuras) e endurecimento da veia (cordão fibroso), acontecem em até 3% dos pacientes que optam pelo laser e duram cerca de 10 dias para desaparecerem. Enquanto isso, estes efeitos no método convencional podem atingir até 20% dos pacientes, levando de 20 a 30 dias para sumirem.

A cirurgia a laser para tratamento de varizes apresenta evidências bem definidas para o tratamento de safenas doentes. O método a laser, que inativa a safena ao invés de retirá-la, é tão eficaz quanto a cirurgia convencional, em que a veia é extraída por completo.

As grandes vantagens do laser são a realização de procedimentos minimamente invasivos e o benefício de uma recuperação muito mais rápida e confortável. Esta nova tecnologia já é utilizada há anos com segurança e domínio pelos cirurgiões vasculares, de forma que não há mais riscos de queimaduras.

Em casos muito esporádicos podem acontecer efeitos adversos, como sensibilidade aguda (parestesias) numa região específica (porém é transitório, durando poucos dias), em aproximadamente 3% dos casos. O mesmo pode ocorrer com pigmentações na pele, dependendo do quadro de cada paciente. Outro efeito é a recanalização em algum segmento da veia (inédito em entre os pacientes do Instituto), mas que não compromete o resultado da cirurgia, sendo solucionado com outro método não invasivo, como a escleroterapia ou ligadura com anestesia local, quando necessário. Alterações hipercrômicas (escuras) na pele podem ocorrer em decorrência da cirurgia, independente se efetuada a laser ou por outro método.

Sim. As veias safenas são as principais veias do Sistema Superficial, mas não são indispensáveis. O sistema venoso mais importante é o Sistema Profundo, constituído pelas veias femorais, poplíteas e tibiais.

O exemplo mais conhecido que envolve a retirada da veia safena abraça a especialidade do cirurgião cardíaco, que extrai uma das safenas saudáveis da perna do paciente para implantá-la no coração. São as famosas pontes de safena.

Quando uma ou mais safenas estão doentes ou dilatadas, elas devem ser inativadas ou extirpadas para se obter melhor eficácia no tratamento das varizes. Após a sua extração, o sangue que antes passava por ela continua retornando às veias profundas sem qualquer prejuízo para a circulação das pernas.

Sim. A trombose resultante de varizes é chamada de tromboflebite, sendo que trombo quer dizer coágulo e flebite significa inflamação. Dessa forma, ela é resultante de varizes que tiveram suas paredes inflamadas e o sangue coagulado. Este quadro é mais frequente no sistema superficial, onde a incidência das varizes é predominante, sendo que os raros casos de tromboflebite em veias profundas representam maior gravidade.

Mesmo quando ocorrem no sistema superficial, no entanto, o quadro clínico inclui dores, endurecimento da veia, inchaço local, vermelhidão e aumento de temperatura (hipertermia). O risco de complicações advindas destas condições aumenta a necessidade de um tratamento das varizes.

As varizes são resultados de alguns fatores incontroláveis, como a tendência genética e o sexo feminino. No entanto, os fatores desencadeantes podem ser controlados. Entre eles estão o uso orientado de pílulas anticoncepcionais – em alguns casos, até mesmo a mudança de método; evitar permanecer sentada ou de pé por muito tempo; manutenção do peso corporal; evitar roupas apertadas e elásticos nas pernas; manter atividades físicas com frequência; evitar o uso de salto alto (se não puder evitar, prefira os saltos médios); fazer check-ups ao menos uma vez ao ano; e orientar-se rigorosamente durante a gravidez.